A alteração, que não foi uma falha mas uma decisão deliberada, está a gerar frustração entre os subscritores.

Esta mudança de política significa que os utilizadores com dispositivos mais recentes, como o Chromecast com Google TV ou outras boxes com um sistema operativo completo, são agora forçados a iniciar sessão diretamente na aplicação da televisão, perdendo a conveniência de iniciar a reprodução a partir do smartphone. Segundo a página de suporte da Netflix, a funcionalidade Cast permanece ativa apenas para um conjunto restrito de equipamentos: os modelos mais antigos do Chromecast, que não possuem comando, e algumas televisões mais antigas com suporte nativo.

A empresa justificou a decisão como uma forma de 'melhorar a experiência de utilização', mas analistas e utilizadores apontam outras motivações. A principal teoria é que esta medida visa combater a partilha de palavras-passe, uma vez que obriga ao login em cada novo dispositivo, facilitando o controlo de acessos.

Além disso, força os utilizadores a interagir com a interface da TV, onde a Netflix pode promover mais eficazmente os seus conteúdos através de pré-visualizações e trailers, aumentando o 'engagement' — uma métrica crucial para os investidores. A decisão afeta particularmente os viajantes, que utilizavam a função Cast em hotéis e alojamentos locais para evitar a tarefa inconveniente e insegura de introduzir as suas credenciais em televisões de terceiros.

A remoção desta funcionalidade, que existe desde 2013, é vista por muitos como um retrocesso e uma medida hostil para com os clientes.