O golpe de calor é uma condição grave que pode ser fatal se não for tratada atempadamente. O médico veterinário Nuno Paixão explica que esta situação ocorre quando "os animais já não têm capacidade de dissipar a própria temperatura, o que pode levar a problemas neurológicos, de coagulação e respiratórios gravíssimos". Os primeiros sinais de alerta incluem respiração ofegante, salivação excessiva, vómitos e fraqueza. Inês Guerra, vice-presidente da Ordem dos Médicos Veterinários, reforça que estas situações "podem mesmo colocar em risco a vida" e aconselha os donos a procurarem assistência médica imediata ao detetar estes sintomas. Algumas raças, como as de focinho achatado (pugs, buldogues e boxers), são particularmente vulneráveis. Para prevenir, os passeios devem ser feitos nas horas de menor calor e em zonas com sombra, evitando o asfalto quente que pode causar queimaduras nas patas. A hidratação é crucial, sendo essencial garantir que os animais tenham sempre acesso a água fresca e limpa. Deixar um animal dentro de um carro, mesmo por poucos minutos, é um erro com consequências potencialmente fatais. Outros erros comuns incluem tosquiar excessivamente o pelo, que atua como isolante térmico, ou molhar o animal e deixá-lo ao sol, o que pode aumentar a temperatura corporal. A atenção deve ser redobrada com animais doentes, jovens ou idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos do calor.
