A companhia de um cão ou gato não só enriquece a vida familiar, como também traz benefícios comprovados para a saúde humana, ao mesmo tempo que exige um compromisso sério com o seu cuidado. Investigações recentes demonstram que ter um animal de estimação pode abrandar o declínio cognitivo e o envelhecimento do cérebro, reforçando a ideia de que esta relação é mutuamente benéfica. No entanto, o cuidado com os animais, especialmente os que se encontram em situações de vulnerabilidade, acarreta um peso emocional significativo. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) foca-se na "fadiga de compaixão" que afeta os cuidadores informais de animais de rua, um grupo descrito como "muitas vezes marginalizado que vive muito sofrimento". Este desgaste emocional sublinha a complexidade do vínculo e a necessidade de apoio para quem se dedica a esta causa.
A responsabilidade do tutor é também um tema central, com artigos a defenderem as "cinco liberdades essenciais dos animais" e a condenarem práticas como o acorrentamento permanente.
Esta prática é descrita como causadora de sofrimento físico e psicológico, resultante da negligência, falta de socialização e exposição a perigos. A discussão reflete uma mudança de paradigma, onde os animais são vistos como seres sencientes com direito a uma vida digna, segura e livre de maus-tratos.