O fogo, que deflagrou no domingo, 10 de agosto, aproximou-se perigosamente das instalações da associação "Amigo Mais Fiel", chegando a apenas quatro metros do edifício. A sobrevivência do abrigo foi atribuída à limpeza prévia da vegetação circundante, uma medida preventiva que se revelou crucial.

Perante a iminência do perigo, a única solução foi libertar os 78 cães para lhes dar uma hipótese de fuga.

A resposta da comunidade foi imediata e massiva.

Durante a noite e a madrugada, voluntários, populares, bombeiros, GNR e a organização especializada IRA (Intervenção e Resgate Animal) uniram esforços numa corrida contra o tempo para localizar e resgatar os animais assustados.

Bruno Siva, da "Amigo Mais Fiel", destacou a importância de manter a calma, afirmando que “o principal era não entrar em pânico”.

A operação foi bem-sucedida, com todos os animais a serem recolhidos e alojados num abrigo temporário cedido pela Câmara Municipal.

A Junta de Freguesia de Tabuaço elogiou o esforço conjunto, que demonstrou um profundo respeito pela vida animal. No entanto, o incidente levanta suspeitas de crime, com o presidente da Junta, Bruno Silva, a condenar o ato de fogo posto: “A quem, de forma cruel e irresponsável, ateou este fogo: o vosso ato não destrói apenas mato — coloca em risco vidas inocentes, humanas e animais”.