Perante a aproximação das chamas, tomou medidas para salvar os seus animais, movendo os seus porcos e “alguns cães” para um local seguro em Serpins.

A sua preocupação estendeu-se aos sete veados que cuida, animais que perderam os pais e que vivem em liberdade na sua propriedade.

Numa tentativa desesperada de os salvar, Martins tentou enxotá-los para uma zona mais segura: “fiz tudo o que foi possível para os enxotar, até pedras mandei, para fugirem [do fogo] para cima, para a zona das eólicas”.

A sua ligação a estes animais é tal que levou consigo o mais novo na sua carrinha, descrevendo a situação como “uma aventura”.

Este tipo de ações ilustra o profundo vínculo entre as populações rurais e os seus animais, que são considerados parte da família e cuja proteção é uma prioridade pessoal, mesmo com risco para a própria vida.