Os números sublinham a necessidade contínua de sensibilização e fiscalização para combater estes crimes. De acordo com os dados provisórios da GNR, entre 2022 e julho de 2025, verificou-se uma diminuição nos crimes registados: os maus-tratos passaram de 704 para 347 casos, e o abandono de 491 para 214. Apesar desta melhoria, a problemática persiste, sendo os cães e os gatos os animais mais afetados. Os períodos críticos continuam a ser o verão, devido às férias, e a época pós-natalícia, quando animais oferecidos como presentes são descartados.
Geograficamente, os distritos com maior incidência de ocorrências são Setúbal, Porto, Braga, Faro e Lisboa.
Numa perspetiva mais alargada, dados do portal das Estatísticas da Justiça indicam que, na década entre 2015 e 2024, as autoridades policiais identificaram 3.014 suspeitos, sendo 1.706 homens e 1.308 mulheres.
A GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), tem intensificado a fiscalização, tendo detido oito pessoas e identificado 755 suspeitos entre 2022 e 2025.
A força de segurança apela à responsabilidade dos tutores, lembrando que a adoção é um compromisso duradouro e que o abandono é um crime punível por lei, existindo alternativas seguras para quem não pode cuidar temporariamente do seu animal.









