O representante da OMS, Arvind Mathur, classificou a situação como uma "corrida contra o tempo", enfatizando que a raiva é "100% fatal, mas também 100% prevenível".
O surto, que começou com casos isolados em Oecussi, alastrou-se rapidamente a sete municípios, numa nação onde a doença era anteriormente "quase desconhecida".
Em resposta, o governo timorense implementou um conjunto de medidas severas para conter a propagação.
Foi emitida uma circular que obriga os donos de cães, gatos e macacos a manter os animais confinados e a vaciná-los. Adicionalmente, foi proibido o transporte destes animais entre municípios e decretado o abate de cães e gatos vadios. A intervenção da OMS foi crucial, com a doação de 10.000 doses de vacina antirrábica e 1.000 doses de imunoglobulina antirrábica, um tratamento pós-exposição vital. Este cenário sublinha a ligação crítica entre a saúde animal e a saúde pública, demonstrando como a rápida propagação de uma zoonose pode exigir uma resposta governamental multifacetada, que combina vacinação, contenção e medidas de controlo populacional para quebrar o ciclo de transmissão e proteger a população humana.







