Com 39% dos lares a terem pelo menos um cão, Portugal posiciona-se no topo da Europa, sendo apenas superado pela Roménia (45%), Polónia (43%) e República Checa (42%).

Este valor contrasta de forma acentuada com países como a Turquia (5%), a Suíça (12%) e a Grécia (14%), o que sugere uma atitude cultural distinta em relação à companhia canina.

O artigo interpreta este dado como um reflexo da profunda ligação entre os portugueses e os seus animais, que são frequentemente considerados "membros da família e fonte de alegria e bem-estar no dia a dia". Esta tendência acarreta implicações sociais e económicas significativas, desde o crescimento da indústria de cuidados para animais (alimentação, saúde, acessórios) até considerações de planeamento urbano, como a necessidade de mais espaços públicos que permitam a presença de animais.

Os dados fornecem também um valioso retrato das diferenças culturais na Europa, onde o papel dos cães na vida doméstica varia consideravelmente. A elevada classificação de Portugal indica que os cães estão profundamente integrados no tecido social, desempenhando um papel central no quotidiano de muitas famílias e reforçando a importância do vínculo humano-animal na sociedade portuguesa contemporânea.