A investigação analisou 31 rações secas e concluiu que, apesar de terem perfis proteicos semelhantes aos das rações de carne, as opções vegetais apresentavam carências em nutrientes essenciais. A notícia reporta um estudo da Universidade de Nottingham que analisou o conteúdo nutricional de 31 alimentos secos para cães comercializados no Reino Unido, incluindo opções à base de carne, de plantas e dietas veterinárias. As conclusões indicam que, embora os alimentos de origem vegetal tivessem perfis de proteína e aminoácidos semelhantes aos das opções com carne, frequentemente não cumpriam as diretrizes da Federação Europeia da Indústria de Alimentos para Animais de Estimação (FEDIAF) relativamente aos níveis de iodo e vitamina B. Este facto levanta preocupações sobre a crescente tendência de dietas à base de plantas para cães, muitas vezes motivada por escolhas éticas ou ambientais dos donos. Curiosamente, o estudo também descobriu que nenhum dos 31 alimentos testados, incluindo os de carne e os veterinários, cumpria todas as diretrizes da FEDIAF para cães adultos. A maioria das dietas veterinárias, concebidas para serem pobres em proteínas para cães com problemas renais, não cumpria as diretrizes para aminoácidos essenciais.

Os investigadores, liderados por Rebecca Brociek, sugerem que as deficiências nos alimentos à base de plantas poderiam ser resolvidas com suplementos ou ajustes na formulação pelos fabricantes.

O estudo sublinha a complexidade da nutrição animal e aconselha os donos a serem cautelosos, destacando que o rótulo "completo" pode nem sempre garantir uma adequação nutricional total de acordo com os padrões estabelecidos.