Vários artigos recentes exploram as razões por trás desta preferência, que vão desde a busca por segurança até à regulação da temperatura corporal.

O comportamento, partilhado por quase todos os felinos domésticos, está profundamente enraizado nos seus instintos de sobrevivência.

Em primeiro lugar, as caixas funcionam como um refúgio seguro.

Sendo espaços confinados com pontos de entrada e saída definidos, oferecem uma sensação de proteção contra predadores e perigos imprevistos, permitindo que o gato observe o ambiente sem se sentir exposto. Esta necessidade de segurança é tão fundamental que estudos realizados em abrigos de animais demonstraram que os gatos que recebem caixas para se esconderem adaptam-se mais rapidamente ao novo ambiente e apresentam níveis de stress significativamente mais baixos. Além da segurança, as caixas são excelentes pontos de emboscada, satisfazendo o instinto de caça do gato.

Escondido, o felino pode vigiar o seu território e surpreender “presas”, como os pés do dono ou outros animais de estimação, numa brincadeira que simula o comportamento predatório.

Outro fator crucial é a termorregulação.

O cartão é um material isolante eficaz, e os espaços apertados de uma caixa ajudam o gato a conservar o calor corporal. A temperatura de conforto de um gato situa-se entre os 30 e os 36 graus Celsius, e enroscar-se numa caixa ajuda-o a manter-se aquecido sem gastar energia extra. Finalmente, a curiosidade inata dos felinos leva-os a investigar qualquer novo objeto que surja no seu território, tornando uma simples caixa de cartão num objeto de exploração irresistível.