A data serviu para reforçar a importância do bem-estar animal e destacar os desafios que persistem na sociedade portuguesa.
A efeméride, que homenageia São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, funcionou como um catalisador para a ação e reflexão em todo o país. Por um lado, celebrou-se a ligação entre humanos e animais, como na iniciativa do Centro Social do Vale do Homem, que promoveu um encontro entre utentes idosos e animais de quinta, sublinhando os benefícios emocionais desta interação.
Por outro lado, a data foi aproveitada para expor problemas graves e urgentes.
Associações e entidades, como o Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) de Famalicão, abriram as suas portas para incentivar a adoção responsável, numa tentativa de mitigar o problema do abandono. A data serviu também de pano de fundo para o lançamento de campanhas de solidariedade por parte de grandes marcas e para a divulgação de notícias sobre o crescente mercado de turismo “pet-friendly”. A dualidade das comemorações reflete uma sociedade em transição: se, por um lado, há uma crescente humanização dos animais de companhia, integrando-os plenamente na vida familiar, por outro, persistem problemas estruturais como o abandono em massa e a falta de fiscalização eficaz das leis de proteção animal. O Dia Mundial do Animal, em Portugal, foi, portanto, mais do que uma simples celebração; foi um espelho das contradições do país, expondo tanto o progresso na valorização dos animais como a urgência de políticas e comportamentos mais consequentes para garantir a sua proteção.









