A médica veterinária Elena Díaz, da Kiwoko, alerta para a importância de os tutores reconhecerem estas alterações comportamentais para promoverem o bem-estar dos seus animais.

A saúde psicológica de cães, gatos, aves, roedores e peixes pode ser afetada quando o seu ambiente, rotina ou o vínculo com o tutor sofrem alterações.

Segundo a especialista, comportamentos como apatia, perda de apetite, isolamento ou agressividade podem ser os primeiros sinais de que algo não está bem.

Nos cães, a sensibilidade à ausência dos tutores e à solidão é particularmente acentuada, podendo desencadear tristeza e ansiedade.

Para prevenir estes estados, recomenda-se a criação de uma rotina previsível, com passeios, brincadeiras, e o reforço da socialização para fortalecer a autoconfiança.

No caso dos gatos, cujo bem-estar depende do controlo do seu território e da previsibilidade ambiental, mudanças súbitas, ruídos intensos ou solidão prolongada podem originar comportamentos depressivos.

A prevenção passa por oferecer zonas seguras e elevadas, brinquedos que estimulem o instinto de caça e rotinas estáveis.

A veterinária sublinha que a saúde mental é tão essencial para os animais como para os humanos, sendo fundamental reconhecer as suas emoções e garantir ambientes equilibrados.

Perante alterações comportamentais, é aconselhável a consulta com um médico veterinário para uma avaliação adequada e orientação terapêutica, que pode incluir desde o aumento de estímulos até, em casos mais graves, acompanhamento comportamental e farmacológico.