A morte de três cães por alegada eletrocussão em postes de iluminação pública em Lisboa e Odivelas gerou um "clima de desconfiança" e levou a Câmara Municipal de Lisboa a tomar medidas. A autarquia anunciou a contratação de uma inspeção a todos os 66 mil candeeiros da cidade para garantir a segurança de pessoas e animais. Os incidentes, ocorridos em novembro no Parque das Nações e em Odivelas, expuseram uma grave falha na segurança da infraestrutura pública, com consequências fatais para os animais de companhia. A reação da Câmara de Lisboa, anunciada pela vereadora do Espaço Público, surge como uma resposta direta à crescente preocupação pública e à necessidade de restaurar a confiança na segurança dos espaços urbanos.
A inspeção em larga escala aos 66 mil candeeiros da capital visa identificar e corrigir potenciais falhas elétricas que possam representar um perigo. No caso de Odivelas, a E-Redes já havia esclarecido que a causa da morte de dois cães foi um cabo subterrâneo com o isolamento danificado, o que demonstra que o perigo pode não ser visível à superfície.
Esta situação levanta questões sobre a manutenção regular das redes elétricas e a responsabilidade das entidades gestoras.
A decisão da autarquia lisboeta reflete uma maior sensibilidade para o bem-estar animal e reconhece que a segurança pública deve abranger todos os que utilizam o espaço urbano, incluindo os animais, cuja vulnerabilidade a estes perigos ocultos é particularmente elevada.
Em resumoAs trágicas mortes de cães por eletrocussão levaram a uma ação concreta por parte da Câmara de Lisboa, que irá inspecionar a totalidade da sua rede de iluminação pública. O incidente realça a necessidade crítica de manutenção rigorosa das infraestruturas urbanas para garantir a segurança de todos, e demonstra uma crescente responsabilização das entidades públicas perante o bem-estar animal.