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Ciência e Tecnologia August 3, 2025

Apple Atinge Marco Histórico de 3 Mil Milhões de iPhones Vendidos

A Apple alcançou um marco histórico ao vender o seu iPhone número três mil milhões, um feito revelado pelo CEO Tim Cook durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa. Este número sublinha a trajetória de sucesso de um produto que transformou a indústria da tecnologia e continua a ser o pilar do negócio da Apple.

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Lançado pela primeira vez em 2007, o iPhone demorou nove anos a atingir os mil milhões de unidades vendidas, em 2016, e mais cinco anos para chegar aos dois mil milhões, em 2021. A aceleração para o terceiro milhar em apenas quatro anos demonstra a contínua e crescente procura pelo dispositivo, consolidando a sua posição dominante no mercado de smartphones.

Este marco histórico surge num momento em que a Apple enfrenta um debate sobre a sua dependência excessiva do iPhone, numa altura em que outras gigantes tecnológicas avançam a passos largos no campo da Inteligência Artificial.

No entanto, o sucesso de vendas contínuo do iPhone fornece à empresa uma base financeira sólida para investir em novas áreas e desenvolver o seu ecossistema. A celebração deste marco coincide com os preparativos para o lançamento da linha iPhone 17, que promete introduzir um novo modelo ultrafino, o iPhone 17 Air, reforçando a estratégia da Apple de continuar a inovar no seu produto mais icónico, mesmo enquanto expande os seus horizontes para novas tecnologias e mercados.

Fontes:

1.

Apple atinge marco histórico de 3 mil milhões de iPhones e prepara um iPhone 17 Air ultra-fino

2. iPhone: Apple já vendeu mais de três mil milhões, mas CEO queixa-se das tarifas

3. Apple iOS 26: O muito aguardado sistema operativo para iPhone chega já está semana

4. O iOS 26 já está entre nós.

Saiba que modelos do iPhone são compatíveis

5. As 10 aplicações exclusivas do iPhone que não encontra no Android

ai briefingEm resumo
A venda de três mil milhões de iPhones desde 2007 representa um feito monumental para a Apple, demonstrando a popularidade e domínio duradouros do seu principal produto. Este sucesso financeiro contínuo ocorre num momento crucial, fornecendo à empresa os recursos necessários para investir em novas áreas estratégicas, como a Inteligência Artificial, e continuar a inovar na sua linha de smartphones.

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Afantasia, a dificuldade de formar imagens mentais

Feche os olhos e imagine uma maçã.Consegue ver a sua forma? De que cor é? Está a flutuar no ar, segurada por uma mão ou em cima de uma mesa?Se tiver dificuldades em fazê-lo, poderá padecer de uma condição recentemente designada como afantasia.As pessoas com afantasia, ou “afantes”, dizem não possuir a capacidade de ver com o olho da mente. Podem ter imaginações vívidas e vidas muito criativas, mas o seu cérebro funciona de uma forma ligeiramente diferente no que diz respeito às imagens visuais.Há 25 anos, Adam Zeman, professor de neurologia cognitiva e comportamental da Universidade de Exeter e actual membro honorário do Centro Clínico de Neurociência, em Edimburgo, tomou conhecimento do caso curioso de um homem que perdera a capacidade de visualização mental após uma cirurgia ao coração. O facto de alguém com uma visão mental vívida a perder subitamente era uma novidade para Zeman e levantou questões sobre a forma como as imagens funcionam no cérebro humano.A investigação de Zeman sobre este paciente, publicada em 2010, teve ressonância: devido à descrição do paciente do estudo, algumas pessoas aperceberam-se de que não tinham subitamente perdido a capacidade de visualizar, mas nunca sequer a tinham tido.“Ao longo dos anos seguintes, as pessoas começaram a entrar em contacto comigo, dizendo sou exactamente como [o paciente], só que sempre fui [não-visualizador]”, recorda Zeman. Ele incorporou 21 destes novos não-visualizadores num estudo, no qual sugeriu uma versão modificada da palavra grega para imaginação – phantasia – para descrever as pessoas que afirmavam não possuir memória visual.Medições da menteGrande parte da investigação inicial sobre a afantasia incluiu estudos psicológicos e relatos na primeira pessoa, mas este tipo de abordagem subjectiva tende a despertar cepticismo entre os leigos, diz Christian Scholz, doutorando da Ruhr University Bochum, na Alemanha, que estuda a condição.Os cépticos sugerem que a verdadeira diferença não reside na capacidade de uma pessoa para produzir uma imagem mental, mas no facto de descreverem de uma maneira diferente a formação de uma imagem mental.“Um dos argumentos contra a afantasia ser real é bem, é tudo uma questão de linguagem”, comenta Scholz, que acrescenta que “as pessoas que tendem a ter imagens [mentais] mais vívidas também podem ser mais cépticas em relação à afantasia” – é difícil para um visualizador acreditar que alguém não tenha essa capacidade.Mais recentemente, os cientistas conseguiram testar as diferenças psicológicas existentes entre pessoas que afirmam ter uma boa imaginação visual e outras que não a têm.“Se olhar para o Sol, as suas pupilas contraem-se. Se tiver a capacidade de formar imagens mentais e imaginar que está a olhar para o Sol, as suas pupilas [também] se contraem – e isso não acontece nas pessoas com afantasia”, explicou Zeman, referindo-se a um estudo realizado em 2022.Outro estudo, realizado em 2021, ligou sensores às pontas dos dedos dos participantes, de forma a medir alterações do estímulo emocional. Alguns participantes ouviram uma história assustadora, enquanto outros viram imagens assustadoras. Quando comparadas com um grupo de controlo composto por sujeitos que afirmavam possuir uma boa memória visual, as pessoas com afantasia não demonstraram reacções de medo às histórias, embora a sua reacção às imagens fosse idêntica à do grupo de controlo.Esta tendência indicou aos investigadores que as imagens mentais eram o factor de mediação entre algo meramente conceptual, como uma história contada em voz alta, e a reacção intuitiva do ouvinte.Outro estudo, publicado este ano, mediu a actividade cerebral no córtex visual através de RMs. Os resultados sugeriram que a visualização pode estar presente nos cérebros com afantasia, mas emníveis demasiado baixos para a mente consciente conseguir descodificar as imagens.“Nas pessoas com hiperfantasia – imagens vívidas – há ligações mais fortes entre as áreas frontais do cérebro e a rede visual [do rombencéfalo] do que nas pessoas com afantasia,” explica Zeman.Uma forma diferente de recordar o mundoSarah Shomstein, professora de psicologia e neurociência na Universidade George Washington, diz que a condição não é uma deficiência e que pode esclarecer-nos sobre a forma como a percepção humana e a imaginação evoluíram e continuam a evoluir.“Não existem lesões, não existe défice”, afirma. “É uma forma diferente [de processar], que tem a ver com as ligações ou com algum limite de activação. E pode ser adaptativa ou não.” Ela sugere que os cérebros dos afantes podem estar a poupar energia processando os estímulos visuais de uma forma diferente das pessoas com visualização forte – redireccionando-as através de áreas diferentes do cérebro que contornam a mente consciente. A ser uma característica adaptativa, é possível que uma maior proporção da população venha a desenvolvê-la no futuro, sugere.Foi com o teste da maçã que Shomstein se apercebeu de que formava imagens mentais de uma maneira diferente da maioria das pessoas. Isto aconteceu muito depois de ela se doutorar em neurociência cognitiva e muitos anos depois de desvalorizar relatos iniciais sobre a “afantasia” como produtos de pseudociência.Isso não significa que ela, ou os afantes em geral, não tenham imaginação. Longe disso. “Eu consigo imaginar coisas, consigo criar imagens muito complexas”, explica. “Só que não é de uma forma visual. Para mim, tudo é preto – mas eu tenho um conceito, eu mentalizo-o.”A consciência singular de um indivíduo Zeman estima que milhões de pessoas em todo o mundo tenham afantasia. Então, porque é que a condição é tão incompreendida?Embora o termo só tenha sido cunhado em 2015, os cientistas já lidam com descrições de diferenças de percepção e de memória há séculos. Francis Galton, o prolífico psicólogo do século XIX e fundador da eugenia, distribuiu um questionário em 1880 que revelou que doze em cada cem homens não conseguiam visualizar a sua própria mesa de pequeno-almoço.W. H. R. Rivers, um proeminente psicoterapeuta que tratou pacientes com traumas de guerra durante a Primeira Guerra Mundial, perdeu a capacidade de visualizar e teorizou que a perdera na infância devido a uma experiência traumática ocorrida em sua casa.No entanto, estas observações não foram replicadas em estudos formais na altura. Tom Ebeyer, fundador do grupo comunitário Aphantasia Network e afante de nascença, pensa que a condição foi ignorada durante muito tempo por não haver impactos negativos documentados.“Quando observamos os resultados, os visualizadores e os não-visualizadores têm resultados muito comuns”, afirma. Milhares de visitantes do site da Aphantasia Network fizeram o Questionário de Vividez da Imagem Visual (Vividness of Visual Imagery Questionnaire), que lhes permitiu identificar o seu próprio nível de visualização e forneceu dados úteis para conhecer a prevalência da afantasia.Segundo Ebeyer, os membros da rede, que conta com 60.000 pessoas, tornam-se artistas, arquitectos, autores e seguem outras carreiras nas quais a visualização é uma componente forte. Tanto os afantes como os visualizadores são capazes de reconhecer o rosto de amigos e parentes e se deslocarem em locais familiares.Outro sítio onde os afantes se juntam é a comunidade doReddit /r/Aphantasia, onde mais de 70.000 membros activos partilham experiências pessoais e discutem os estudos mais recentes sobre a condição.“Sempre presumi que, quando as pessoas contavam ovelhas para dormir ou imaginavam o público nu, estavam a falar metaforicamente”, disse um membro anónimo do subreddit da afantasia.“Poderia ter passado a minha vida inteira sem me aperceber de que era diferente se o tema não tivesse surgido na Internet”, diz Megan Lee, outro membro deste subreddit.Alguns membros da Aphantasia Network temem que a sua visão mental diminuída os prejudique, privando-os de memórias que possam ser mais vívidas para os outros.“Acho que é aí que as pessoas vêem o maior impacto na sua vida quotidiana”, diz. “Talvez romantizemos a capacidade de reviver experiências passadas, revisitar os nossos entes queridos na nossa mente, ver o seu rosto”, uma capacidade que os afantes sentem não possuir.Zeman confirma que, com base nos estudos mais recentes, “a diferença mais gritante e consistente que emerge [..] é que [os afantes] têm uma memória autobiográfica bastante pobre.”O que se segue para a comunidade da afantasia? Unidos por uma experiência partilhada apenas por uma pequena percentagem da população mundial, estão a desenvolver o vocabulário necessário para descreverem as suas experiências e transmiti-las aos investigadores.“É uma diferença invisível e intrigante”, diz Zeman, “e recorda-nos de que todos temos tendência para considerar a nossa experiência como a norma, quando, na verdade, as experiências dos outros podem ser muito diferentes”.Artigo publicado originalmente em inglês em nationalgeographic.com.

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