No entanto, esta proeza de engenharia implicou vários compromissos técnicos que estão a gerar um intenso debate sobre a sua durabilidade e proposta de valor. O principal argumento de venda do iPhone Air é o seu design ultrafino e leve, que o distingue visualmente de qualquer outro modelo da Apple ou da concorrência.

Contudo, esta característica gerou imediatamente preocupações sobre a sua integridade estrutural, com testes de flexão ("bend tests") a tornarem-se um tópico viral online, evocando a polémica do "Bendgate" de anos anteriores.

Para alcançar esta espessura, a Apple fez sacrifícios significativos a nível de hardware.

O processador A19 Pro, embora partilhe o nome com o dos modelos de topo, possui apenas cinco núcleos de GPU em vez de seis. A ausência de uma câmara de vapor para dissipação de calor levanta questões sobre o seu desempenho sob carga intensa.

A bateria, com 3.149mAh, é a mais pequena da gama, e o carregamento rápido com fios é mais lento.

Foram ainda eliminados o som estéreo, devido à ausência de uma coluna na base, e a câmara traseira é composta por um único sensor.

Até a Dynamic Island foi reposicionada, o que alguns utilizadores consideram uma maior distração.

Estes compromissos tornam-se particularmente relevantes quando se considera o preço inicial de 1.249€, colocando o iPhone Air num patamar premium onde a funcionalidade é tão importante quanto a estética.