A decisão, que expande a estratégia iniciada nos Estados Unidos com o iPhone 14, marca um ponto de viragem na forma como a conectividade móvel é gerida a nível global. O eSIM, um cartão digital integrado diretamente no dispositivo, permite aos utilizadores ativar um plano de operadora sem a necessidade de um cartão físico.
Para o consumidor final, os benefícios são claros: simplifica a adesão a novos serviços, facilita a mudança entre operadoras e elimina a necessidade de visitas a lojas físicas. A mudança deverá aumentar a concorrência no setor das telecomunicações, obrigando as operadoras a investir mais na retenção de clientes e a digitalizar os seus processos de venda e ativação.
A segurança também é reforçada, uma vez que o eSIM não pode ser fisicamente roubado ou clonado.
A tecnologia é particularmente vantajosa para quem viaja internacionalmente, pois permite descarregar planos de dados locais diretamente no telemóvel antes ou à chegada ao destino, evitando a compra de cartões SIM em aeroportos. No entanto, a transição não está isenta de desafios. As operadoras terão de adaptar os seus sistemas para um modelo totalmente digital, e em alguns países, serviços que dependem de cartões SIM físicos, como certos sistemas de autenticação, poderão enfrentar problemas de compatibilidade.
Mesmo assim, a decisão da Apple, dada a sua influência no mercado, deverá forçar uma adoção mais rápida e generalizada do padrão eSIM em todo o mundo.