Estas regulamentações levaram a empresa a ser alvo de pedidos de informação por parte da Comissão Europeia e a desativar funcionalidades inovadoras, como a tradução em tempo real nos novos AirPods Pro 3, em território europeu. A Comissão Europeia enviou um pedido de informações à Apple, juntamente com outras gigantes tecnológicas como Microsoft e Google, no âmbito da DSA, para averiguar como as suas plataformas combatem burlas online.

Embora não se trate de uma investigação formal, a medida demonstra o crescente escrutínio de Bruxelas sobre as práticas das grandes empresas de tecnologia.

Mais impactante para os consumidores é a decisão da Apple de não disponibilizar a funcionalidade Live Translation dos AirPods Pro 3 na UE. Num comunicado, a empresa criticou os reguladores europeus, acusando-os de quererem "tirar a magia" da experiência integrada do seu ecossistema. Greg Joswiak, vice-presidente de marketing da Apple, afirmou que a legislação visa forçar a empresa a ser "igual aos outros", em referência às exigências de interoperabilidade da DMA.

Esta lei tem como objetivo abrir ecossistemas fechados como o da Apple, promovendo a concorrência.

A situação ilustra o conflito entre a visão da Apple de um ecossistema perfeitamente integrado e a ambição da UE de criar um mercado digital mais aberto e competitivo, resultando na limitação de acesso a inovações tecnológicas para os consumidores europeus.