A empresa alega que a lei prejudica a experiência do utilizador e compromete a segurança, citando a remoção de funcionalidades inovadoras nos seus produtos como consequência direta.

Numa contribuição oficial para uma consulta da Comissão Europeia, a Apple exigiu que o DMA "seja revogado e substituído por um texto legislativo mais adequado", propondo, como alternativa, a criação de uma agência reguladora distinta da Comissão para aplicar as regras.

A gigante tecnológica argumenta que a legislação a obriga a abrir o seu ecossistema fechado a lojas de aplicações e sistemas de pagamento de terceiros, que "não cumprem os elevados padrões de confidencialidade e segurança da App Store", expondo os utilizadores a riscos, nomeadamente crianças a aplicações pornográficas. O exemplo mais concreto do impacto negativo do DMA, segundo a Apple, é a desativação da função de tradução automática "ao vivo" nos novos AirPods Pro 3 para os consumidores europeus. Greg Joswiak, vice-presidente sénior de marketing, acusou os reguladores de quererem "tirar a magia" da experiência integrada que a Apple oferece.

Esta posição ecoa as críticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, ao intervencionismo da UE.

A Apple já foi multada em 500 milhões de euros ao abrigo do DMA por cláusulas abusivas na App Store, uma sanção da qual recorreu, e está também a ser investigada no âmbito do Regulamento sobre Serviços Digitais (DSA).