Numa declaração pública e numa contribuição para uma consulta da Comissão Europeia, a Apple criticou duramente o DMA, afirmando que este deveria ser "revogado e substituído por um texto legislativo mais adequado".
A empresa, que construiu o seu sucesso com base num ecossistema fechado, alega que a obrigação de abrir o iOS a lojas de aplicações e sistemas de pagamento alternativos expõe os utilizadores a riscos de segurança e privacidade que não existem na sua App Store.
A gigante tecnológica deu um exemplo concreto do impacto negativo da lei, revelando que a funcionalidade de tradução em tempo real (Live Translation) dos novos AirPods Pro 3 foi retirada para os mercados da UE precisamente devido às exigências do DMA. O vice-presidente de marketing da Apple, Greg Joswiak, acusou os reguladores europeus de quererem "tirar a magia" da experiência integrada que a marca oferece, forçando-a a ser "igual aos outros".
A empresa queixa-se ainda que o DMA tornou as aplicações pornográficas acessíveis nos iPhones, apesar dos riscos para as crianças.
Como alternativa à revogação, a Apple propõe alterações profundas, incluindo a criação de uma agência reguladora independente da Comissão Europeia para aplicar as regras.
Estas críticas surgem numa altura em que a Apple já foi multada em 500 milhões de euros ao abrigo do DMA por cláusulas abusivas na App Store.














