A remoção da ICEBlock e de outras aplicações semelhantes, como a Red Dot, foi confirmada pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que declarou à Fox News: "Entrámos em contacto com a Apple a exigir que removessem a ICEBlock da App Store - e a Apple fê-lo".

A justificação do governo é que a aplicação foi criada para "colocar os agentes em risco por apenas fazerem o seu trabalho".

A polémica intensificou-se na sequência de um tiroteio fatal numa instalação de imigração, que aumentou a pressão sobre as gigantes tecnológicas. Os criadores da aplicação, através da sua página na rede social Bluesky, contestaram a decisão, afirmando que as alegações de que a app colocava agentes em risco eram "comprovadamente falsas" e que a remoção resultava de "pressão da administração Trump". Em comunicado oficial, a Apple justificou a medida com base em "informações que recebemos das autoridades sobre os riscos de segurança associados à ICEBlock". A empresa de Cupertino acrescentou que a decisão espelha ações semelhantes tomadas no passado em relação a aplicações criadas para assinalar a presença de autoridades. O caso coloca em evidência a posição delicada em que se encontram as plataformas digitais, que têm de equilibrar a liberdade de expressão e a disponibilização de ferramentas cívicas com as exigências de segurança e as pressões políticas dos governos.