As gigantes tecnológicas afirmam que a regulamentação, em vigor desde março de 2024, atrasa a inovação e compromete a segurança das suas plataformas.
Numa consulta pública realizada pela Comissão Europeia para analisar o impacto da DMA, tanto a Apple como a Google manifestaram o seu descontentamento com as novas regras, que visam regular o poder das grandes empresas digitais e garantir a concorrência leal.
A Apple afirmou que a norma está a "prejudicar" a experiência dos seus utilizadores na UE, obrigando a empresa a realizar "algumas alterações preocupantes" na forma como concebe e entrega os seus produtos.
A empresa alertou ainda para o atraso na implementação de novas funcionalidades devido às obrigações regulatórias.
A Google partilha da mesma opinião, acrescentando que a lei "favorece poucos", dando prioridade aos "interesses comerciais de um grupo de 'sites' intermediários" em detrimento da capacidade das empresas de venderem diretamente aos seus clientes. A empresa de Mountain View criticou também o facto de a DMA dificultar a proteção dos utilizadores contra fraudes e 'links' maliciosos no sistema Android, ao obrigar à remoção de medidas de segurança. Ambas as empresas sublinharam que os "encargos regulamentares e à incerteza" estão a atrasar o lançamento de novos produtos na Europa, incluindo as suas mais recentes funcionalidades de Inteligência Artificial.
A Google concluiu, afirmando que "o cumprimento da DMA deve melhorar os mercados digitais, não prejudicar a segurança, a integridade, a qualidade ou a utilidade" dos serviços.









