A Apple removeu da sua App Store as aplicações ICEBlock e Red Dot, que permitiam aos utilizadores alertar sobre a localização de agentes dos serviços de imigração e alfândega dos EUA (ICE), uma decisão tomada após pressão da administração Trump e que gerou forte controvérsia. A remoção foi confirmada pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que afirmou à Fox News: "Entrámos em contacto com a Apple a exigir que removessem a ICEBlock da App Store - e a Apple fê-lo". A justificação oficial da Apple, partilhada com o Business Insider, enquadra a decisão numa política mais ampla contra aplicações que assinalam a localização de autoridades. No entanto, a medida foi amplamente criticada, nomeadamente por Wiley Hodges, um antigo diretor da Apple com 22 anos de casa. Numa carta aberta a Tim Cook no LinkedIn, Hodges declarou-se "profundamente perturbado" com a cedência da empresa à pressão política, questionando a integridade da Apple.
"Costumava acreditar que a Apple era inequivocamente ‘a boazinha’.
[...] Agora, sinto que tenho de questionar isso", escreveu, pedindo uma justificação clara para a decisão ou a restauração da aplicação.
O incidente, que também envolveu a Google, levanta questões sobre o equilíbrio entre a segurança, a liberdade de expressão e a influência governamental sobre as políticas das grandes empresas de tecnologia.
Em resumoA decisão da Apple de remover a aplicação ICEBlock da App Store, após pressão do governo dos EUA, desencadeou uma onda de críticas, incluindo de um ex-executivo, que questiona o compromisso da empresa com os seus princípios face a exigências políticas.