A Apple está a redefinir a sua estratégia para a computação espacial, suspendendo o desenvolvimento de uma versão mais acessível do Vision Pro para se concentrar na criação de óculos inteligentes com inteligência artificial. Esta mudança de rumo indica uma aposta em dispositivos mais leves e práticos para o uso diário, em detrimento de headsets volumosos e de nicho. O projeto suspenso, conhecido internamente como "N100" ou "Vision Air", tinha como objetivo criar uma versão mais leve, compacta e económica do sofisticado Vision Pro, que, apesar da sua tecnologia avançada, foi criticado pelo preço elevado (3.499 dólares), peso e falta de praticidade para uso prolongado.
O arquivamento deste projeto representa uma reavaliação estratégica, com a Apple a redirecionar os seus esforços para um produto com maior potencial de adoção em massa.
O novo foco está em óculos inteligentes, que se apresentarão em dois modelos principais.
O primeiro, com o nome de código "N50", assemelhar-se-á a uns óculos convencionais, funcionando como uma interface para comandos de voz e ligação ao iPhone, aproveitando o seu poder de processamento. O segundo modelo será mais avançado, incluindo um visor incorporado para projetar informações diretamente nas lentes, como notificações ou direções de mapas, aproximando-se do conceito de realidade aumentada num formato mais discreto. A grande inovação residirá na integração profunda de inteligência artificial, permitindo funcionalidades como tradução instantânea, identificação de objetos e sugestões contextuais, transformando os óculos num assistente pessoal verdadeiramente proativo.
Em resumoA decisão da Apple de suspender o projeto 'Vision Air' em favor de óculos inteligentes com IA assinala uma mudança estratégica do nicho da realidade mista para o mercado de massas. A empresa aposta agora num formato mais leve e socialmente aceite, onde a inteligência artificial, e não o hardware imersivo, será o principal fator de diferenciação.