O objetivo seria melhorar a precisão da assistente virtual.

No entanto, a reportagem expôs que estas gravações continham frequentemente informações altamente sensíveis e privadas, como "informação médica confidencial, negócios de droga e gravações de casais a terem relações sexuais".

Na altura, a revelação gerou uma forte controvérsia, levando a Apple a suspender temporariamente o programa e, posteriormente, a reintroduzi-lo com alterações significativas, tornando a participação voluntária (opt-in) e garantindo que as análises seriam feitas apenas por funcionários internos.

Agora, a questão regressa à esfera judicial.

Uma queixa apresentada pela organização de direitos humanos francesa Ligue des droits de l'Homme (LDH) motivou a abertura de uma nova investigação por parte das autoridades francesas. Este novo processo legal coloca as práticas passadas da Apple sob um novo escrutínio, questionando se a empresa violou as leis de privacidade e proteção de dados ao recolher e processar estas gravações, o que poderá ter consequências legais e reputacionais para uma marca que faz da privacidade um dos seus principais argumentos de venda.