No entanto, a proposta não foi retirada, mantendo empresas como a Apple em alerta máximo.
A proposta legislativa, que visava a deteção de material de abuso sexual infantil (CSAM) através da análise automática de comunicações privadas, gerou uma forte oposição por parte de especialistas em cibersegurança, ativistas e empresas de tecnologia. A principal crítica centrava-se no facto de que a sua implementação exigiria a criação de "backdoors" ou a análise do lado do cliente, comprometendo fundamentalmente a segurança e a privacidade da encriptação ponto-a-ponta, uma tecnologia central em serviços como o iMessage da Apple e o WhatsApp.
A votação no Conselho da UE foi cancelada após a Alemanha ter retirado o seu apoio, bloqueando a maioria necessária.
Embora celebrada como uma vitória, a proposta foi apenas adiada, não abandonada.
Isto significa que a ameaça de uma vigilância massiva, que colocaria em risco a confidencialidade das comunicações de todos os cidadãos, incluindo jornalistas e ativistas, continua a ser uma possibilidade real. Para a Apple, que tem feito da privacidade uma bandeira da sua marca, a legislação representa uma ameaça existencial aos seus princípios, obrigando-a a manter uma vigilância constante sobre os desenvolvimentos regulatórios em Bruxelas.








