Estas ações indicam uma tendência global para forçar uma maior abertura e concorrência nos mercados de aplicações e pagamentos móveis.
A ofensiva regulatória contra o modelo de negócio da Apple intensificou-se com a implementação da nova Lei de Concorrência de Software Móvel (MSCA) no Japão.
À semelhança do Regulamento dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia, esta legislação designa a Apple como uma empresa dominante e obriga-a a introduzir mudanças profundas nas suas plataformas.
As novas regras forçam a empresa a permitir lojas de aplicações de terceiros e a aceitar métodos de pagamento alternativos, quebrando o monopólio da App Store e do seu sistema de comissões.
Esta medida visa combater o domínio de mercado e promover a concorrência no setor dos smartphones no país.
Paralelamente, na Europa, a Comissão da Concorrência da Suíça (COMCO) abriu uma investigação formal para determinar se a Apple abusa da sua posição dominante ao restringir o acesso de terceiros ao chip NFC dos seus dispositivos. A investigação foca-se em saber se esta limitação favorece indevidamente a sua própria solução de pagamentos, o Apple Pay, em detrimento de serviços concorrentes. Juntas, estas ações no Japão e na Suíça demonstram que os reguladores em diferentes continentes estão a visar os mesmos pontos nevrálgicos do ecossistema da Apple: a distribuição de aplicações e os pagamentos por aproximação, áreas que são pilares estratégicos e fontes de receita significativas para a empresa de Cupertino.








