Na apresentação, que contou com a presença do líder do partido, André Ventura, Bruno Mascarenhas posicionou a sua candidatura como uma rutura com “50 anos de paralisia” e a “alternância de ‘slogans’ e favores entre o PS e o PSD”. O discurso centrou-se em temas como a segurança, a habitação e a imigração, com propostas de forte pendor identitário. Uma das medidas mais destacadas foi a promessa de “creches e pré-escolar gratuitos para todas as famílias portuguesas residentes”, uma formulação que exclui implicitamente os imigrantes não residentes e que gerou debate. A candidatura defende ainda “tolerância zero” à imigração ilegal e à ocupação de imóveis, propondo o reforço da Polícia Municipal com 300 novos agentes. André Ventura reforçou a mensagem, afirmando que o objetivo é “devolver Lisboa aos lisboetas” e que o partido concorre para ganhar, posicionando Bruno Mascarenhas contra o que apelidou de “candidatura do show” de Carlos Moedas e a “candidatura do Bangladesh” de Alexandra Leitão. A estratégia de apresentar listas em todos os concelhos visa transformar o Chega numa força política com implantação territorial abrangente, desafiando o domínio dos partidos tradicionais no poder local.
