Crise no PSD de Óbidos com demissão de três vereadores

O executivo da Câmara Municipal de Óbidos enfrenta uma crise interna significativa após três vereadores eleitos pelo PSD, José Pereira, Margarida Reis e Telmo Félix, terem apresentado a sua “carta de rescisão voluntária ao exercício de funções executivas”. A decisão, com “efeitos imediatos”, foi justificada pela não revisão nas “atuais opções políticas” nem na “forma de liderança” do presidente da câmara, Filipe Daniel, também eleito pelo PSD. Apesar de renunciarem aos pelouros, os vereadores garantiram que se manterão em funções até ao final do mandato, mas agora sem responsabilidades executivas. Em resposta, o autarca Filipe Daniel atribuiu a decisão a “ambições políticas” individuais, afirmando que não cederá a “pressões” ou “intimidações” relativamente à composição da sua lista para a recandidatura ao município. Esta cisão expõe uma profunda fratura na estrutura local do PSD, tornando pública uma divergência que vinha a ser gerida internamente. A demissão em bloco dos pelouros por parte de uma maioria dos vereadores do partido que suporta o presidente é um sinal de desconfiança política com consequências diretas na governação e na estabilidade do executivo. A crise surge num momento particularmente sensível, a poucos meses das eleições autárquicas, e pode fragilizar a posição do atual presidente na sua recandidatura, ao mesmo tempo que levanta questões sobre a coesão do partido no concelho e a sua capacidade de apresentar um projeto unificado aos eleitores.

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Em resumo

A renúncia às funções executivas por parte de três vereadores do PSD em Óbidos expõe uma grave crise de liderança e divergência política com o presidente da câmara, Filipe Daniel. Este conflito interno fragiliza a posição do PSD local e cria um cenário de instabilidade a poucos meses das eleições autárquicas.