A proximidade dos resultados sugere que a corrida pela capital portuguesa permanece em aberto, com a decisão final a poder depender dos eleitores indecisos e da dinâmica da campanha nos próximos meses.
A sondagem, realizada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) e pelo ISCTE, atribui a Carlos Moedas 30% das intenções de voto, seguido de muito perto por Alexandra Leitão, que recolhe 28%. A candidata é apoiada por uma coligação que une o Partido Socialista (PS), o Bloco de Esquerda, o Livre e o PAN, uma estratégia que parece estar a ser eficaz na concentração do voto à esquerda.
Em terceiro lugar, surge o candidato do Chega, Bruno Mascarenhas, com 11% das intenções, e em quarto o vereador da CDU, João Ferreira, com 4%.
A sondagem revela ainda um número significativo de eleitores que ponderam a abstenção ou o voto em branco, ambos com 12%, o que demonstra um elevado grau de incerteza.
Num cenário que distribui os indecisos, a vantagem de Moedas sobre Leitão alarga-se para cinco pontos percentuais. Para além das intenções de voto, o estudo avalia a perceção dos eleitores sobre os principais candidatos.
Carlos Moedas é visto como mais experiente por 51% dos inquiridos, contra 14% de Alexandra Leitão, e lidera também em qualidades como simpatia, liderança, ponderação, honestidade e competência. Com as eleições marcadas para 12 de outubro, os candidatos já intensificam a sua presença no terreno, percorrendo bairros como a Bica, a Ajuda ou Arroios para ouvir queixas, apresentar sugestões e, como refere um dos artigos, “distribuir mais um beijinho”.