CDU procura 'consolidar e reforçar' poder local perante desafios de renovação e perda de bastiões
A Coligação Democrática Unitária (CDU) enfrenta as eleições autárquicas com o objetivo de apresentar candidaturas em todos os 308 municípios e de "confirmar, consolidar e reforçar" as 19 câmaras que atualmente governa, o número mais baixo da sua história. A coligação, que em 2021 perdeu bastiões históricos no sul do país como Loures, Mora, Montemor-o-Novo e Moita, enfrenta agora o desafio adicional da saída de 11 dos seus 19 presidentes de câmara devido à limitação de mandatos.
Esta renovação forçada afeta municípios emblemáticos como Évora, Palmela, Benavente, Grândola e Silves.
Para a sucessão em Évora, a CDU aposta no eurodeputado João Oliveira, uma figura de peso do PCP. Jorge Cordeiro, membro do Secretariado do Comité Central do PCP, manifestou-se convicto de que as populações saberão "reconhecer a diferença e a vantagem de ter uma gestão autárquica da CDU". Apesar dos desafios, a coligação desvaloriza a potencial ameaça do crescimento do Chega em antigos redutos comunistas, argumentando que o foco no caráter local das eleições limitará essa influência.
A estratégia da CDU passa por reafirmar o seu modelo de governação como uma alternativa distinta, procurando recuperar a confiança do eleitorado e estancar o declínio autárquico verificado nas últimas eleições.
Em resumoA estratégia da CDU para as autárquicas foca-se na resiliência, procurando travar o seu declínio eleitoral ao sublinhar o seu modelo de governação distinto, enquanto enfrenta uma complexa renovação de lideranças em municípios chave.
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