Esta abordagem visa unir forças para maximizar a representação eleitoral e, como explicitado pelo Livre, "travar a ascensão da extrema-direita no poder local".
O BE, em particular, alterou significativamente a sua tática, passando de apenas duas coligações em 2021 para cerca de duas dezenas já confirmadas este ano.
O Livre também expandiu a sua rede de alianças, contando com aproximadamente vinte acordos.
Muitas destas coligações são alargadas, incluindo o PS e os três partidos mais pequenos, como é o caso da candidatura de Alexandra Leitão em Lisboa.
Noutros municípios, como Loures e Cascais, as alianças formam-se sem os socialistas, numa tentativa de criar projetos alternativos à governação do PS e do PSD.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, destacou que esta nova dinâmica reflete uma "mudança muito real na política autárquica à esquerda", impulsionada pela relevância que o seu partido ganhou.
Esta frente unida contrasta com a CDU, que se candidata sempre sozinha.
A estratégia de convergência demonstra um pragmatismo crescente entre estes partidos, que reconhecem a necessidade de cooperação no atual contexto político, marcado por uma "direita que está em radicalização", segundo Tavares.