Esta tática de frentes alargadas visa maximizar o potencial eleitoral e consolidar uma imagem de união à direita.
A aposta concentra-se fortemente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde o PSD espera não só manter bastiões como Lisboa e Cascais, mas também conquistar autarquias chave onde os atuais presidentes estão de saída, como Porto e Gaia.
A estratégia inclui ainda o apoio a oito candidatos independentes, nomeadamente Isaltino Morais em Oeiras e a ex-autarca da CDU, Maria das Dores Meira, em Setúbal, uma decisão que gerou alguma contestação interna mas que demonstra pragmatismo.
O partido enfrenta a saída de 19 presidentes de câmara por limitação de mandatos, um número consideravelmente inferior ao do PS, o que lhe confere maior estabilidade na defesa do seu poder atual. A mobilização de figuras de relevo, como ministros e o comentador Luís Marques Mendes, na tradicional Universidade de Verão, sublinha a importância que a liderança de Luís Montenegro atribui a este ato eleitoral como um passo para consolidar a sua hegemonia política a nível nacional.