Segundo o candidato, o consórcio responsável pela construção, Avan Norte, prevê a demolição de 135 habitações no município.
João Paulo Correia, que se reuniu com moradores afetados, criticou o traçado proposto e a falta de sensibilidade para com as populações. O candidato socialista lembrou que “o Governo tem condições de intervir, através das Infraestruturas de Portugal [IP], para que o consórcio projete uma linha em Vila Nova de Gaia de uma forma menos invasiva”.
A sua intervenção coloca a gestão do projeto do TGV no centro do debate político local, pressionando o executivo central e a autarquia a encontrarem soluções que minimizem o impacto negativo sobre os residentes.
A questão das demolições e do realojamento das famílias torna-se, assim, uma bandeira da sua campanha, procurando capitalizar o descontentamento dos cidadãos afetados. O tema da alta velocidade, um projeto de dimensão nacional, ganha contornos locais e serve de arma de arremesso político na disputa pela câmara, uma das mais importantes da Área Metropolitana do Porto. A forma como os diferentes candidatos se posicionarem sobre este dossiê poderá ser decisiva para o resultado eleitoral, transformando uma obra de infraestrutura nacional numa questão de política local e de proximidade.