Esta mudança de paradigma é visível em municípios chave.
Em Lisboa, o Livre junta-se ao PS, BE e PAN no apoio à socialista Alexandra Leitão. Em Almada, coliga-se com o Bloco de Esquerda na plataforma “Almada em Comum”. Na Póvoa de Varzim, integra a “Aliança Poveira” com o PS e o PAN. Esta dinâmica de convergência reflete uma nova fase na política autárquica à esquerda, contrastando com a fragmentação de eleições anteriores. Rui Tavares, porta-voz do Livre, destacou que “há uma mudança muito real na política autárquica à esquerda”, impulsionada pela necessidade de combater “uma direita que está em radicalização”.
O PS, por sua vez, embora se apresente maioritariamente sozinho, lidera 13 coligações e apoia nove movimentos independentes, procurando manter-se como o principal partido autárquico.
O objetivo comum parece ser a otimização de recursos e a concentração de votos para maximizar a representação em câmaras e assembleias municipais, apresentando frentes unidas em territórios onde a disputa com a direita é mais acirrada.