Emergência de Coligações à Esquerda em Vários Municípios
Uma das tendências mais marcantes no período pré-eleitoral das autárquicas de 2025 é a formação de diversas coligações entre partidos à esquerda, numa estratégia para agregar votos e apresentar uma frente unida contra os partidos de direita e os executivos em funções. Partidos como o Bloco de Esquerda, o Livre e o PAN têm unido forças em vários pontos do país, procurando criar alternativas progressistas e ecologistas. Exemplos notórios desta estratégia incluem a coligação “Evoluir Figueira”, na Figueira da Foz, que junta BE, Livre e PAN, com Gonçalo Mano (Livre) como candidato à câmara, defendendo uma mudança de rumo para o concelho. Em Almada, o BE e o Livre formaram a coligação “Almada em Comum”, classificando-a como uma candidatura “alternativa, progressista e ecológica”. Em Lisboa, a candidatura do PS, liderada por Alexandra Leitão, conta com o apoio formal do Livre, BE e PAN, integrando membros destes partidos em lugares elegíveis nas listas para a câmara e assembleia municipal.
Outro exemplo é a “Aliança Poveira”, na Póvoa de Varzim, que une PS, Livre e PAN, com o candidato socialista João Trocado da Costa a considerar estes partidos como “parceiros naturais”.
Esta tática de coligação parece ser uma resposta à fragmentação do espaço político à esquerda e à necessidade de otimizar os resultados eleitorais, concentrando o voto em plataformas comuns que abordam temas como a habitação, o ambiente e a justiça social. A viabilidade e o sucesso destas alianças serão um dos pontos de maior interesse a observar na noite eleitoral de 12 de outubro.
Em resumoA formação de coligações entre partidos de esquerda como o BE, Livre e PAN é uma tendência clara para as próximas autárquicas. Estas alianças, visíveis em municípios como Figueira da Foz, Almada, Lisboa e Póvoa de Varzim, representam uma tentativa estratégica de unir forças, apresentar alternativas progressistas e maximizar o seu potencial eleitoral.
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