Estes conflitos, que se tornaram públicos, podem fragilizar as candidaturas do partido em concelhos importantes.
Em Vila Nova de Famalicão, o atual presidente da câmara e recandidato, Mário Passos, optou por formar a sua lista de vereadores de forma unilateral, sem consultar a comissão política concelhia do PSD, liderada pela sua adversária interna, a deputada Sofia Fernandes.
Esta decisão representa uma quebra inédita na tradição do partido no concelho e expõe uma “guerra surda” entre o autarca e a estrutura local, que é apoiada pelo líder da distrital de Braga, Paulo Cunha. A lista de Mário Passos inclui até um ex-autarca do PS, António José Oliveira, presidente da Junta de Joane, o que acrescenta complexidade ao cenário.
Outro foco de tensão localiza-se em Óbidos, onde a rutura entre o presidente da câmara, Filipe Daniel, e três dos seus vereadores levou à renúncia dos pelouros por parte destes últimos.
Os vereadores alegaram uma “quebra de confiança irreversível”, enquanto o autarca atribuiu a crise a disputas por lugares nas listas.
Estes episódios de conflito interno demonstram os desafios que o PSD enfrenta na conciliação das ambições locais com a disciplina partidária, podendo ter consequências diretas nos resultados eleitorais de outubro.