Esta abordagem representa uma mudança tática em relação a 2021, ano em que o PS concorreu sozinho na maioria dos municípios, tendo agora já firmado 13 acordos, mais cinco do que no último sufrágio.
De acordo com o coordenador autárquico do PS, André Rijo, a aproximação ao PAN e ao Livre reflete os entendimentos a nível nacional, nomeadamente na negociação do Orçamento do Estado.
O PAN é o parceiro mais frequente, integrando nove coligações, seguido pelo Livre, com oito.
O Bloco de Esquerda (BE) é parceiro em três concelhos, com destaque para a coligação em Lisboa em torno de Alexandra Leitão, que visa derrotar o atual executivo de Carlos Moedas. A estratégia de unir a esquerda, no entanto, enfrenta obstáculos, como em Setúbal e Évora, onde a recusa do PCP em coligar-se impede frentes mais amplas. O PS, que em 2021 conquistou 148 câmaras, pretende com estas alianças não só manter a sua hegemonia, mas também aumentar o número de capitais de distrito sob a sua governação, apostando em candidatos a tempo inteiro, que não acumulam funções de deputado.