A alga, detetada pela primeira vez em Portugal em 2019 nos Açores e posteriormente no continente, coloniza o substrato rochoso do fundo do mar, impedindo o desenvolvimento de espécies nativas e afetando a fauna local. A sua reprodução acelerada provoca a acumulação de grandes quantidades de biomassa que são arrojadas para as praias, com impactos significativos na paisagem e no turismo. Em Cascais, a situação atingiu proporções alarmantes, com a autarquia a remover duas mil toneladas da espécie de apenas duas praias no ano passado. Luís Capão, responsável pelo Ambiente na Câmara de Cascais, admitiu que, sem esta remoção diária, o município "podia já não ter praias". A nova Estratégia Nacional, aprovada pelo Governo, prevê um plano de ação com medidas de monitorização, resposta operacional, valorização da biomassa e investigação científica. Atualmente, estuda-se o potencial uso da alga como fertilizante, para produzir "pellets" ou em compostos para farmácia e cosmética, embora a presença de um tóxico que impede a sua predação natural represente um desafio que os cientistas, como os do Instituto Superior de Agronomia, procuram neutralizar.
