A teoria estabelecida defende que o impacto de Theia com a Terra gerou os fragmentos que formaram a Lua. A nova hipótese acrescenta um detalhe crucial: Theia não se teria formado perto da Terra, mas sim na região exterior do Sistema Solar, onde a água era abundante. Como tal, este corpo rochoso seria rico em água e elementos químicos essenciais, como o carbono, à semelhança das luas de Júpiter. Esta teoria, suportada por modelos de formação do Sistema Solar, oferece uma explicação para o grande reservatório de água existente no manto terrestre, algo que a teoria tradicional, baseada na entrega de água por cometas e asteroides, não conseguia justificar de forma completa. Segundo Pedro Machado, este trabalho apresenta "um caminho novo para entender a evolução da Terra" e como os componentes necessários para a vida aqui chegaram.