Detetada pela primeira vez em Portugal em 2019, nos Açores, e posteriormente no continente, esta alga castanha tem uma capacidade de expansão e colonização "assustadora". O seu crescimento acelerado impede o desenvolvimento de espécies nativas, cobrindo o substrato rochoso do fundo do mar e provocando uma significativa perda de biodiversidade. A sua rápida reprodução leva à acumulação de enormes quantidades de biomassa, que são arrastadas pelas correntes para as praias, afetando a paisagem e a economia local. Em Cascais, por exemplo, foram retiradas 2.000 toneladas da alga de apenas duas praias em quatro meses. A nova estratégia nacional, aprovada em portaria conjunta dos Ministérios do Ambiente e da Agricultura, traça um plano de ação com medidas de monitorização, resposta operacional, investigação científica e valorização da biomassa recolhida, que poderá ter aplicações na indústria farmacêutica, como fertilizante ou na bioconstrução. Contudo, as autoridades e os especialistas admitem que, de momento, não existem métodos de controlo eficazes conhecidos para travar o seu avanço, sendo a deteção precoce a melhor solução.
