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Ciência e Tecnologia August 4, 2025

Florestas Europeias Perdem Capacidade de Absorver CO2, Alerta Estudo

A capacidade das florestas europeias de atuar como sumidouros de carbono, um pilar fundamental na luta contra as alterações climáticas, está a diminuir a um ritmo alarmante. Um estudo recente, publicado na revista científica *Nature* e liderado por cientistas do Centro Comum de Investigação da União Europeia (UE), revela que a absorção de dióxido de carbono (CO2) pelas florestas do bloco comunitário caiu quase um terço entre o período de 2010-2014 e 2020-2022. As florestas, que cobrem aproximadamente 40% da superfície terrestre da UE, absorveram cerca de 10% das emissões de origem humana entre 1990 e 2022.

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No entanto, esta capacidade vital está a ser comprometida por uma combinação de fatores.

O estudo aponta o aumento da exploração florestal, impulsionado pela crescente procura de madeira, e os impactos das alterações climáticas — como secas, ondas de calor, ataques de insetos e incêndios — como as principais causas para este declínio. Estes fatores não só reduzem a capacidade de absorção de carbono, mas também fragilizam os ecossistemas florestais a longo prazo, tornando-os mais vulneráveis a novas perturbações.

Esta tendência negativa põe em risco a meta da UE de alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

Giacomo Grassi, coautor do estudo, sublinha que “inverter o declínio da capacidade das florestas europeias de armazenamento de carbono é essencial — e isso ainda é possível — com ações audaciosas e fundadas na ciência atual”. Os investigadores defendem uma gestão florestal mais científica e diversificada, que promova a resiliência das florestas e a proteção do carbono já armazenado, alertando também para a necessidade de melhorar a monitorização e os modelos de previsão.

ai briefingEm resumo
Um estudo publicado na *Nature* alerta que a capacidade das florestas europeias para absorver CO2 diminuiu quase um terço numa década, devido ao aumento da exploração madeireira e aos impactos climáticos. Esta tendência ameaça as metas de neutralidade carbónica da UE e exige uma gestão florestal mais resiliente e sustentável.

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