No entanto, esta capacidade vital está a ser comprometida por uma combinação de fatores.
O estudo aponta o aumento da exploração florestal, impulsionado pela crescente procura de madeira, e os impactos das alterações climáticas — como secas, ondas de calor, ataques de insetos e incêndios — como as principais causas para este declínio. Estes fatores não só reduzem a capacidade de absorção de carbono, mas também fragilizam os ecossistemas florestais a longo prazo, tornando-os mais vulneráveis a novas perturbações.
Esta tendência negativa põe em risco a meta da UE de alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
Giacomo Grassi, coautor do estudo, sublinha que “inverter o declínio da capacidade das florestas europeias de armazenamento de carbono é essencial — e isso ainda é possível — com ações audaciosas e fundadas na ciência atual”. Os investigadores defendem uma gestão florestal mais científica e diversificada, que promova a resiliência das florestas e a proteção do carbono já armazenado, alertando também para a necessidade de melhorar a monitorização e os modelos de previsão.