Originária do Pacífico, esta alga castanha foi detetada pela primeira vez em Portugal em 2019, nos Açores, e desde então tem-se alastrado de forma preocupante, com especial incidência no Algarve e na zona de Cascais, onde já foram removidas milhares de toneladas das praias. A espécie, que terá chegado à Europa através das águas de lastro de navios ou na replantação de ostras, exibe um comportamento altamente invasivo. A sua capacidade de reprodução rápida e a produção de um composto tóxico que a protege de predadores nativos permitem-lhe colonizar vastas áreas do fundo marinho, suplantando as espécies de algas locais e causando uma perda significativa de biodiversidade. A acumulação massiva de biomassa nas praias afeta não só a paisagem e as atividades balneares, mas também a pesca, danificando as artes de pesca e reduzindo as capturas.
A nova estratégia nacional, coordenada pela Agência Portuguesa do Ambiente, visa uma resposta articulada entre os níveis central, regional e local.
O plano de ação inclui medidas de monitorização para compreender a dinâmica da espécie, resposta operacional com a remoção da alga em zonas críticas, e investigação para a valorização da biomassa recolhida, que poderá ter aplicações como fertilizante, na bioconstrução ou na indústria farmacêutica.
Apesar dos esforços, atualmente não são conhecidos métodos de controlo eficazes, tornando a deteção precoce a melhor solução.