A descoberta fornece pistas importantes sobre a história geológica do planeta, sugerindo que a atividade vulcânica e geotérmica pode ter sido mais recente do que se pensava. Publicado na revista científica *Nature Communications*, o trabalho liderado por Janice Bishop, do Instituto SETI, focou-se na região de Aram Chaos, uma área onde se acredita que água antiga terá drenado.
A equipa identificou e caracterizou um tipo raro de hidroxisulfato férrico, um mineral que se forma sob condições específicas de calor e reações químicas.
Os investigadores sugerem que o calor resultante da atividade vulcânica e da energia geotérmica na região pode ter transformado sulfatos hidratados comuns neste mineral raro.
Esta descoberta implica que certas zonas de Marte estiveram química e termicamente ativas mais recentemente do que os cientistas acreditavam. O enxofre é um elemento comum em Marte e os minerais de sulfato que forma podem sobreviver durante milhares de milhões de anos na superfície seca do planeta. Como tal, estes minerais conservam pistas cruciais sobre a história inicial de Marte, e a identificação deste novo potencial mineral ajuda a moldar uma compreensão mais detalhada de como o calor, a água e as reações químicas esculpiram a superfície marciana ao longo do tempo.