Os resultados mostraram que a batata partilha material genético com duas linhagens distintas: um antepassado do tomate e as espécies *Etuberosum*, plantas chilenas que se assemelham à batateira mas que não produzem tubérculos. A fusão genética entre estas duas linhagens criou um novo grupo, denominado “Petota”, que desenvolveu o tubérculo como estrutura de armazenamento de nutrientes.

Os cientistas identificaram os genes-chave para esta inovação: o gene SP6A, que desencadeia o desenvolvimento do tubérculo, proveio da linhagem do tomate, enquanto o gene IT1, que controla o crescimento dos caules subterrâneos, derivou das espécies *Etuberosum*.

Esta evolução coincidiu com o levantamento da cordilheira dos Andes, que criou novos ambientes aos quais a batata se conseguiu adaptar com sucesso.

A descoberta representa um marco na compreensão da evolução das plantas cultivadas e poderá ter implicações importantes no melhoramento genético de culturas essenciais para a segurança alimentar global.