A análise dos ossos fossilizados, que incluem um focinho alongado adaptado à vida marinha, posiciona o animal como um dos mais antigos e meridionais representantes do seu grupo.

Segundo o paleontólogo Arthur Maréchal, líder da investigação, a descoberta sugere que estes crocodilos marinhos “não só sobreviveram ao evento catastrófico que exterminou os dinossauros, como já estavam bem estabelecidos nos mares do sul antes disso”.

Esta nova evidência indica que a ausência de registos anteriores se devia provavelmente a um registo fóssil incompleto, e não à inexistência da espécie.

A descoberta reforça a importância de Angola como uma região crucial para estudos paleontológicos, oferecendo vislumbres raros dos ecossistemas do Atlântico Sul antes de um dos pontos de viragem mais dramáticos da história do planeta.