Este projeto de dois anos visa desvendar as origens desta doença inflamatória rara e mal compreendida, que afeta significativamente a qualidade de vida dos doentes.
A investigação, realizada no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da UMinho, em colaboração com o pneumologista Hélder Bastos e o consórcio FIBRALUNG, centrar-se-á no comportamento dos macrófagos, células do sistema imunitário.
O objetivo é avaliar como estas células mudam de comportamento em resposta a agressões, como bactérias ou partículas estranhas, decidindo aglomerar-se para formar uma barreira, o que gera uma inflamação que pode tornar-se crónica e grave. Os cientistas vão analisar especificamente o papel de pequenas "bolsas" no interior dos macrófagos, que engolem e digerem partículas, para perceber se a sua dinâmica impacta o desenvolvimento da inflamação.
Conforme explica Agostinho Carvalho, o estudo pretende clarificar "como estes mecanismos influenciam o início e a evolução clínica da sarcoidose", utilizando uma combinação de modelos celulares, metodologias avançadas e amostras de doentes.
O financiamento foi atribuído pela Ann Theodore Foundation, através da sua "Breakthrough Sarcoidosis Initiative", que apoia os melhores projetos mundiais na área.
A escolha do projeto do ICVS reforça a projeção internacional da ciência biomédica portuguesa, especialmente em imunologia e doenças inflamatórias.









