A tecnologia permite uma precisão submilimétrica, aumentando a segurança em procedimentos complexos e melhorando os resultados para os doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Francisco Serdoura, diretor do Serviço de Ortopedia, descreve a inovação como permitindo "uma precisão submilimétrica na execução de gestos cirúrgicos, nomeadamente da introdução de parafusos".

Uma das principais alterações no processo cirúrgico é a necessidade de um planeamento prévio detalhado, com o robô a executar o plano pré-definido, o que difere da abordagem tradicional, onde muitas decisões são tomadas durante a operação.

Os benefícios esperados para os doentes são significativos, incluindo a redução do dano cirúrgico, menores perdas de sangue e um risco de infeção diminuído.

Nos primeiros quatro meses, a equipa já realizou 16 cirurgias com o novo sistema.

Francisco Serdoura sublinhou a importância de esta tecnologia de ponta estar acessível no SNS, afirmando que "são investimentos no SNS que, de facto, trazem um benefício coletivo, até porque criam um padrão de qualidade que acho que é importante para todos". O hospital, que realiza cerca de 400 cirurgias à coluna por ano, disponibiliza esta técnica a doentes referenciados de todo o país.