A premissa central é que, ao compreender os mecanismos moleculares e genéticos que permitem ao caracol reconstruir um órgão tão complexo como o olho, os cientistas poderão encontrar formas de estimular processos de reparação semelhantes em tecidos oculares humanos. Embora os artigos não detalhem os mecanismos específicos, a menção a “semelhanças anatómicas e genéticas” sugere que as vias de desenvolvimento e os genes envolvidos na formação do olho do caracol podem ter homólogos em humanos.
O estudo destes processos pode levar à identificação de alvos terapêuticos para tratar uma variedade de condições que resultam em danos na visão, desde lesões traumáticas a doenças degenerativas. A abordagem representa uma mudança de paradigma, passando da simples substituição ou correção de tecidos danificados para a estimulação da capacidade intrínseca do corpo para se regenerar.
Embora ainda numa fase inicial, esta linha de investigação é vista como altamente promissora, podendo, a longo prazo, conduzir a tratamentos inovadores que restaurem a visão em pacientes que atualmente dispõem de poucas ou nenhumas opções terapêuticas eficazes.












