A descoberta, publicada na revista *Current Biology*, foi feita por uma equipa internacional que, ao procurar formigas na cordilheira Anti-Atlas, se deparou com uma colónia de térmitas que albergava três larvas de mosca desconhecidas. Análises posteriores revelaram que se tratava de uma nova espécie do género *Rhyncomya*. Ao examinar as larvas de perto, os investigadores identificaram na sua parte traseira uma estrutura que imita quase na perfeição a cabeça de uma térmita, descrita como uma "máscara de térmita". Esta estrutura inclui uma "'cabeça' não funcional com antenas e palpos" e dois pequenos pontos escuros que, na realidade, são os espiráculos respiratórios da larva.
Para além do disfarce visual, a larva emprega uma camuflagem química.
As térmitas, tal como as formigas, dependem de sinais químicos para identificar membros da colónia e atacar intrusos.
No entanto, testes em laboratório mostraram que o odor emanado pela larva é indistinguível do das térmitas, permitindo-lhe evitar ataques.
Roger Vila, um dos autores, descreve-o como "um disfarce químico" tão eficaz que as térmitas parecem tratar a larva como se fosse uma das suas, exibindo comportamentos de alimentação.











