As zonas húmidas construídas, também conhecidas como 'wetlands', são ecossistemas artificiais que utilizam plantas específicas e substratos naturais, como areia ou solos, para filtrar e purificar a água.

Através de uma combinação de processos físicos, químicos e biológicos, estes sistemas conseguem remover eficazmente contaminantes como nutrientes (azoto e fósforo) e microrganismos patogénicos.

Os resultados preliminares, tanto em laboratório como no terreno, são animadores e demonstram a eficácia do método.

A água tratada por este processo pode ser reutilizada em diversos cenários não potáveis, como "irrigação agrícola e paisagística, rega de jardins ou de campos desportivos, usos industriais não potáveis (lavagens, refrigeração) e, em alguns casos, recarga de aquíferos", explica a investigadora. Esta abordagem não só promove a economia circular da água, como também reduz os custos e o consumo energético associados aos sistemas de tratamento convencionais, além de permitir o reaproveitamento dos nutrientes retidos como fertilizantes.

Patrícia Gomes salienta que esta tecnologia é uma resposta crucial às alterações climáticas, que intensificam os períodos de seca.